top of page
ie4.png

Alegria, nervosismo, surpresa, ira, calma, decepção... Gerenciar a cascata de emoções que vivemos diariamente não é fácil. Porém, a inteligência emocional aparece cada vez com mais força como via para alcançar a felicidade em qualquer aspecto das nossas vidas, incluído o profissional. Você está disposto a aprender a ser feliz?

As emoções influem no nosso cotidiano. Por isso, a publicação do livro Inteligência emocional em 1995 pelo psicólogo norte-americano Daniel Goleman lançou ao estrelato esta disciplina a nível global. Inclusive a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) deu início a uma iniciativa em 2002 pela qual enviou aos ministros da educação de 140 países uma declaração com dez princípios básicos para implantar programas de aprendizagem social e emocional.
 

IE3.jpg

Definição de  Inteligência Emocional

 

Para Daniel Goleman, a inteligência emocional é a capacidade de reconhecer os nossos próprios sentimentos e os dos demais, de nos motivarmos e de manejar adequadamente as relações. Para que ela serve? Principalmente, para tirar mais partido da nossa própria informação emocional e da dos demais porque a emoção é a expressão física da nossa mente e nunca mente. As emoções nos informam sobre como a nossa mente processa o que vivemos e isto é muito útil tanto na nossa vida pessoal quanto profissional porque permite, por exemplo, sermos conscientes do que dizemos e como dizemos as coisas.

A inteligência emocional ajuda a superar atitudes, crenças e hábitos negativos que nos condicionam e limitam, impedindo que aproveitemos todo o nosso potencial. Timothy Gallwey, autor de numerosos livros para o desenvolvimento da excelência pessoal e profissional, dizia neste sentido que o rendimento nas nossas vidas pode ser representado por uma simples equação: R (rendimento) = P (potencial) - I (interferências). Ou seja, quanto menos interferências emocionais negativas tivermos, maior potencial teremos.

Inteligência Emocional na Empresa

inteligência emocional no trabalho é uma das competências mais demandadas pelas empresas atualmente, sobretudo quando as tarefas mais repetitivas e rotineiras se automatizam. Na atualidade, 76% dos executivos consideram que os funcionários devem desenvolver estas competências, dado que terão que se adaptar a mais funções relacionadas com o tratamento pessoal e do cliente e que os funcionários terão que assumir mais tarefas que exigem competências emocionais e não podem ser automatizadas, como é o caso da empatia, da persuasão e do trabalho em equipe. Em geral, 83% das empresas indicam que ter um quadro de pessoal com altas competências em termos de inteligência emocional será imprescindível para alcançar o sucesso nos próximos anos.

Um alto coeficiente intelectual só é capaz de prever 20% dos fatores determinantes do sucesso, enquanto os 80% restantes dependem de outro tipo de variáveis, como a classe social, a sorte e, em grande parte, da inteligência emocional. Nas empresas, acontece algo parecido, ou seja, 60% das organizações com um quadro de pessoal emocionalmente inteligente conseguem um resultado 20% superior ao resto em diversos fatores de negócio, tais como produtividade, satisfação do trabalhador, quota de mercado ou atendimento ao cliente. 

A IE trabalha com as habilidades basilares que são altamente necessárias a todos os funcionários:

ie3.png

A inteligência emocional é influenciada por uma combinação de traços de personalidade. Níveis mais altos dela são associados com inúmeros benefícios, inclusive relacionados à carreira. Por isso, sua medida, o Quociente Emocional (QE), tem sido considerado como um bom radar para contratações em processos de recrutamento. Em sua definição, a dupla Salovey e Mayer explica que IE é “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.

Alguns especialistas até o colocam à frente do QI (Quociente de Inteligência) em questão da eficiência para determinar um bom profissional. Atualmente um termo bastante utilizado, “inteligência emocional” foi aplicado pela primeira vez em documentos científicos no ano de 1966, em artigo do psicólogo americano Hanskare Leuner. Porém, sua concepção só foi aprofundada em 1989, primeiro pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan e, posteriormente, em 1990, pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer.

soft skills.png

Dentre as competências que a IE compreende, estão, por exemplo, as chamadas soft skills, especialmente conectadas com as características que se “traz” às interações com os outros.

Em linhas gerais, soft skills podem ser definidadas como habilidades emocionais (comportamentais). Ou seja: são habilidades que utilizamos no dia a dia para resolver problemas e alcançar resultados com outras pessoas e partir de outras pessoas.

Desenvolver soft skills não é fácil. Algumas delas fazem mais parte do nosso cotidiano, outras são mais raras e há ainda aquelas que fogem completamente do nosso reportório. O caso é que tem jeito para melhorar todas elas e o primeiro passo, sem dúvida nenhuma, é conhecê-las – ainda que de modo introdutório. Dá uma conferida:

Resiliência

Um dos grandes erros da maioria dos profissionais é trabalhar com a impressão de que errar é proibido. Essas pessoas costumam estar sempre estressados e muita dificuldade para ouvir feedbacks negativos. Mais do que isso, é comum que as pessoas costumem lidar mal com seus erros e isso as torna menos suscetíveis a aprender. Trata-se, no fim, de uma postura oposta à das pessoas com resiliência – que compreendem as falhas, as interpretam e criam novos caminhos com base em experiência e aprendizado.

A resiliência é, sem dúvidas, uma habilidade extremamente importante para o mercado de trabalho atual. 

Colaboração

Saber trabalhar em grupo é muito importante no dia-a-dia das empresas. O seu resultado e o resultado dos seus companheiros precisam andar lado a lado e, para que isso ocorra, às vezes é necessário que você tome atitudes em prol dos seus colegas. Portanto, se você quer começar por uma boa soft skill, passe a pensar em como anda a sua colaboração em relação aos desafios das pessoas à sua volta.

Flexibilidade

No mundo ideal, nós conseguimos prever tudo que vai acontecer no instante seguinte. Na vida real, porém, isso não acontece. É preciso, na verdade, entender que os rumos dos desafios podem mudar de acordo com imprevistos. As pessoas que conseguem entender esse fato e que conseguem de se adaptar às mudanças do meio do caminho sempre saem na frente.

Trabalhar sob pressão

Não há nenhum momento na vida em que não trabalhamos com base em uma meta. Seja na faculdade, na vida pessoal ou no trabalho, sempre vamos precisar corresponder a uma expectativa. Nas grandes empresas, essas expectativas costumam ser altas e as pessoas precisam aprender como se guiar no dia-a-dia tendo que suportá-las. Se os desafios são grandes, é preciso aprender a administrá-los.

Comunicação eficaz

A comunicação, ao contrário do que muita gente pensa, não é apenas sobre a fala. A escuta, atenta e empática, também faz parte. Aliás, a comunicação é isso no fim: um processo de troca de informações que resulta num sentido único e de compreensão mútua. Portanto, saber se comunicar de maneira eficaz é crucial dentro das empresas e, na maior parte do tempo, é a habilidade mais utilizada entre as pessoas.

Orientação para resultados

No mundo das organizações, todos têm uma missão individual e uma missão coletiva. Para se dar bem aí é preciso saber relacionar ambas. Ou seja: as pessoas precisam gerir suas atividades diárias, administrando-as, de modo que o produto final dos esforço seja a missão coletiva da empresa. Para essa habilidade comportamental, então, o indivíduo precisa saber analisar o que serve e o que não serve, durante a rotina, para gerar o resultado final.

Liderança de equipe

É imperativo entender que as suas aspirações não podem e não devem ser apenas as suas próprias aspirações. Para isso, é preciso engajar e motivas grupos ao seu redor no entorno das suas ideias e dos seus objetivos. Uma pessoa capaz de gerar um sentimento coletivo de empolgação e produtividade tende se destacar como líder e tende a ajudar no desenvolvimento dos processos de modo geral.

aaas.png

Em linhas gerais, soft skills podem ser definidadas como habilidades emocionais. Ou seja: são habilidades que utilizamos no dia a dia para resolver problemas e alcançar resultados com outras pessoas e partir de outras pessoas.

Domínios Básicos da Inteligência  Emocional 

  • Percepção das emoções: a precisão com que uma pessoa identifica as emoções.

  • Raciocínio por meio das emoções: empregar as informações emocionais para facilitar o raciocínio.

  • Entendimento das emoções: captar variações emocionais nem sempre evidentes e compreender a fundo as emoções (mais sofisticado do que o “identificar” do primeiro domínio).

  • Gerenciamento das emoções: aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

Há uma metáfora da neurociência que explica o cérebro humano dividido em duas áreas: hemisfério esquerdo e hemisfério direito. O esquerdo seria o lado racional, matemático, lógico, cognitivo, analista e crítico. Já o direito, seria o lado da compreensão emocional do mundo, responsável pela intuição, emoções e sentimentos. Apesar de distintos, a inteligência emocional passa diretamente por esses dois hemisférios.

 

Desenvolver essa habilidade é um aprendizado fundamental para a vida. Por meio do controle dos nossos impulsos e sentimentos, podemos dominar sensações de raiva, tristeza ou desânimo. Dessa forma, a partir do momento em que começamos a perceber que somos movidos principalmente pelos sentimentos, e isto acontece inconscientemente, é que identificamos a importância de saber como a inteligência emocional é constituída.

Além disso, para se desenvolver a Inteligência Emocional, são necessários 12 domínios :

  1. Autoconhecimento emocional

  2. Autocontrole emocional

  3. Adaptabilidade

  4. Orientação para realização

  5. Perspectiva positiva

  6. Empatia

  7. Consciência organizacional

  8. Influência

  9. Coach e mentoria

  10. Administração de conflitos

  11. Trabalho em equipe

  12. Liderança inspiradora

Pilares da Inteligência Emocional

Entender os cinco pilares da Inteligência Emocional é o primeiro passo para desenvolvê-la e praticá-la diariamente. A partir disso, será possível ter maior controle das próprias emoções, facilitando a construção de relações saudáveis e tomadas de decisões conscientes. A seguir, conheça os cinco pilares da Inteligência Emocional, determinantes para se ter êxito nos relacionamentos e até bem-estar físico:

ie000.jpg

Habilidade de reconhecer suas próprias emoções, forças e limitações.

Saber, de maneira consciente, gerir emoções e impulsos.

Consiste em econtrar um sentido no que você faz, ter objetivos, se valorizar. É a capacidade de se motivar.

Habilidade de identificar e entender as emoções alheias. É colocar-se no lugar do outro.

Conseguir gerir relacionamentos benéficos para todos os envolvidos na Empresa ou Corporação.

 

Autoconhecimento e Inteligência Emocional

Qual é a relação de autoconhecimento e inteligência emocional? Para começar a entender, é importante saber que a inteligência emocional tem quatro pilares:

  • Perceber emoções (suas e dos outros)

  • Raciocinar a partir do que dizem as emoções (também suas e dos outros)

  • Entender o que as emoções significam

  • E gerenciar elas

É daí que vem o primeiro ponto da conexão.

Ter um bom nível de autoconhecimento ajuda a interpretar as próprias emoções, entender o que elas, de fato, querem dizer, fazer conexões com outros traços da sua personalidade, e, então, lidar da melhor forma com elas. Então, para começar a se conhecer melhor e desenvolver a inteligência emocional, tente praticar uma auto-observação frequente em relação às suas emoções. Aprenda a identificar em você as emoções básicas e como elas se manifestam no dia a dia.

De outro lado, os principais aprendizados oriundos do esforço de se autoconhecer só são devidamente absorvidos quando se aceita sentir e falar sobre dor, vergonha, medo, etc., emoções negativas de forma geral. Ou seja, quando se é vulnerável.

A vulnerabilidade é o próximo link do autoconhecimento com a inteligência emocional. A vulnerabilidade, ou se colocar em posição de exposição emocional, é grande responsável pelas conexões mais profundas que fazemos. Isso porque é muito mais fácil se identificar com pessoas que assumem erros, contam de momentos tristes e manifestam emoções. É bem mais difícil se conectar com pessoas que não transparecem nenhuma emoção ou fracasso - mostrar-se perfeito também é mostrar-se inatingível.

Por “se conectar”, você pode entender também “ter empatia”, – capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros –  um dos principais componentes da inteligência emocional. É ela uma das grandes responsáveis pela possibilidade de conexão significativa entre as pessoas.Em resumo, a inteligência emocional engloba empatia, que se manifesta a partir da vulnerabilidade do outro. A vulnerabilidade, por sua vez, depende de um processo de autoconhecimento.

Domínios Básicos da Inteligência  Emocional

Percepção das emoções: a precisão com que uma pessoa identifica as emoções.

Raciocínio por meio das emoções: empregar as informações emocionais para facilitar o raciocínio.

Entendimento das emoções: captar variações emocionais nem sempre evidentes e compreender a fundo as emoções (mais sofisticado do que o “identificar” do primeiro domínio).

Gerenciamento das emoções: aptidão para lidar com os próprios sentimentos.

dominio.png

Dá para Aumentar a  Inteligência Emocional

 

Embora existam aspectos permanentes que determinam o temperamento e a personalidade – herança genética, por exemplo -, Goleman defende que muitos dos circuitos cerebrais da mente humana são maleáveis e podem ser trabalhados, impactando o nível de inteligência emocional.

 

Revisar mentalmente as habilidades que ela envolve e perceber em quais precisa trabalhar é o primeiro passo para aumentá-la. O psicólogo defende que o feedback externo também é um ótimo medidor para se orientar e desenvolver a IE.

Em um artigo para o Harvard Business Review, o psicólogo Tomas Chamorro-Premuzic, professor de psicologia empresarial na University College London e na Columbia University, além de associado do Laboratório de Finanças Empresariais de Harvard, recomendou cinco passos fundamentais para aumentar a inteligência emocional.

Transformar o autoengano em autoconsciência

A personalidade, e consequentemente a IE, se molda, principalmente, com base na identidade e na reputação. Para muitas pessoas existe uma disparidade entre os dois, o que pode fazer com que eles ignorem qualquer feedback negativo. No entanto, a verdadeira autoconsciência consiste em conseguir ter uma visão realista dos próprios pontos fortes e fracos. Isso não vai acontecer sem feedback preciso. Investir em avaliações baseadas em dados, como testes de personalidade e pesquisas de feedback é bastante eficaz.

Transformar o foco em si próprio em foco nos outros

Para quem tem níveis mais baixos de IE, é difícil visualizar as coisas pela perspectiva dos outros. Especialmente quando não há escolha certa ou errada. Desenvolver uma abordagem centrada nos outros começa com reconhecimento das forças, fraquezas e valores de cada um. Em um contexto de trabalho, conversas frequentes com os membros da equipe levarão a um entendimento melhor de como motivar e influenciá-los.

Agir de forma que torne a convivência gratificante

A convivência com pessoas que têm mais altos níveis de IE tende a ser vista como mais recompensadora. De acordo com o psicólogo, os mais “recompensadores” tendem a ser mais cooperativos, amigáveis, confiantes e altruístas. È importante garantir, sempre, um nível apropriado de contato antes de pedir ajuda ou passar uma tarefa a alguém. Além disso, procurar compartilhar conhecimento e recursos sem expectativa de reciprocidade.

Controlar “explosões”

No mundo dos negócios, não é bom mostrar frustração sempre que surge um problema inesperado, ou seja, se você é uma pessoa que tem o que ele chama de “muita transparência emocional”, é melhor se moderar. Para fazer isso, é preciso perceber que situações tendem a desencadear sentimentos negativos. Detectando seus gatilhos, “você consegue evitar situações estressantes e inibir suas reações”, diz ele.

Procure trabalhar táticas que o ajudem a se tornar consciente sobre suas emoções, em tempo real. Não só sobre a forma que as sente, também em termos de como elas estão sendo vistas pelos outros.

Mostrar humildade

Em questão de carreira, a autoconfiança, em certo grau, é vista como um traço inspiracional. Porém,  os melhores líderes são os que parecem ser humildes. Estes transmitem segurança para a equipe. “Encontrar um equilíbrio saudável entre assertividade e modéstia, demonstrando receptividade ao feedback e capacidade de admitir os erros, é uma das tarefas mais difíceis de dominar.” No contexto profissional, é importante esconder a arrogância – caso ela exista – e mostrar humildade. Mesmo que ela tenha de ser fingida. Algumas atitudes a se considerar: acabar com o orgulho, escolher bem as brigas e procurar oportunidades para reconhecer os outros.

post.08.jpg

 

Como Desenvolver IE no Trabalho Corporativo

 

A inteligência emocional envolve diversos fatores internos. Portanto, para conseguir ter um bom desenvolvimento dessa habilidade é preciso estar aberto para enxergar a si e ao próximo. Mas como é possível desenvolvê-la?

Pode parecer um pouco complicado, mas existem diversos meios para facilitar esse aprendizado.

1 – Compreenda seus próprios sentimentos

Lembra que comentamos que as habilidades emocionais são trabalhadas a partir do conhecimento interno?

Então, o primeiro passo para desenvolver a inteligência emocional no trabalho é compreender o seu “eu”. Trabalhar a autoconsciência é um exercício muito importante para se obter inteligência emocional. Fazendo isso você passará a entender suas emoções e sentimentos. Além disso, compreenderá quais são os gatilhos para cada uma delas. Realizando essa análise do seu consciente, fica mais simples descobrir padrões que não são benéficos. Comportamentos que passam despercebidos, mas que são autodestrutivos.

2 – Trabalhe a autoconfiança

Entendendo seus sentimentos e suas emoções, chegou a hora de colocar em prática as avaliações positivas sobre si. Como assim? Evitar ou até mesmo excluir opiniões negativas que tenha sobre suas próprias habilidades ajuda a desenvolver a autoconfiança. Um famoso provérbio africano deixa bem claro o benefício desta competência. “Quando não há inimigos interiores, os inimigos exteriores nada podem contra você”.  No entanto, é importante deixar claro que autoconfiança é diferente de arrogância. É indispensável sempre manter a humildade com o próximo. Além disso, essa competência precisa ser constantemente desenvolvida. 

3 – Comece a desenvolver a empatia

O terceiro passo para aprender como desenvolver a inteligência emocional no trabalho tem correlação com o exterior. A empatia é um ponto que precisa ser trabalhado. Você sabe o que é empatia ou ser empático?

No dicionário encontramos como um dos significados:

  • capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente, de querer o que ela quer, de apreender do modo como ela apreende.

Ou seja, ser uma pessoa empática está intimamente conectado com a relação do seu “eu” com outras pessoas. E não somente na maneira como irá lidar com o mundo, mas como irá compreendê-lo pelas diversas óticas. Pode parecer um pouco complexo, mas se tornar empático torna as relações menos enrijecidas. Afinal, você estará mais aberto para ouvir e sentir a experiência do outro e, assim, agregar maiores conhecimentos que não fazem parte da sua “bolha”.

4 – Pratique uma comunicação mais clara

A comunicação – seja ela verbal, não verbal, escrita ou visual – faz parte do primeiro contato com outras pessoas. Então, nada mais natural que esse impacto seja positivo. Para isso, é preciso praticar meios de realizar uma comunicação mais clara e efetiva. Assim, se evita falhas na informação a ser passada. Em um ambiente de trabalho, esses desencontros ou maneiras de se colocar podem deixar a atmosfera inviável. Mas isso não significa que não deva se posicionar. Muito pelo contrário. Se comunicar faz parte de todas as relações. No entanto, é importante sempre pensar nas melhores maneiras de falar. No caminho para a inteligência emocional no trabalho, deve-se evitar a comunicação agressiva ou muito passiva. O respeito precisa ser assegurado. 

5 – Desenvolva a persuasão

O quinto passo para aprender como desenvolver a inteligência emocional no trabalho é entender como ser persuasivo. É importante citar que persuasão é diferente de manipulação.

  • Persuasão: influenciar que alguém faça algo que irá beneficiar ambos;

  • Manipulação: o benefício é apenas para uma pessoa, no caso a que tenta manipular.

A persuasão é uma competência muito requerida a profissionais que trabalham com vendas ou atendimento ao consumidor. Um bom exemplo disso é, por exemplo, quando se quer cativar clientes mostrando benefícios de algum produto.

Nesse caso, o atendente ou vendedor irá demonstrar todas as características que farão bem a pessoa. Com a venda, consequentemente o bem também será do trabalhador. Desenvolver a inteligência emocional no atendimento ao cliente, assim como em vendas é muito importante para a empresa. 

 

6 – Compreenda o que te estressa

No ambiente de trabalho sempre existem situações estressantes. Saber e compreender quais eles são facilitará o encontro de maneiras para não deixar que os domine. 

7 – Saiba receber críticas 

A sétima dica para adquirir inteligência emocional no trabalho é aprender a receber críticas. É importante entender que a evolução acontece no conserto de erros ou melhoria de algo que já é bom. Esteja aberto para absorver o feedback de colegas e líderes sobre a sua atuação e encare isso como uma oportunidade para você de desenvolver no trabalho. Portanto, não leve as críticas para o lado pessoal. Afinal, elas são necessárias para o seu crescimento profissional. 

8 – Amplie a escuta ativa

A comunicação clara tem grande eficácia na inteligência emocional no trabalho. Entretanto, não basta só falar bem. A escuta também precisa ser trabalhada. Afinal, uma comunicação é feita entre duas pessoas ou mais – caso contrário, se torna um monólogo. Para ficar mais simples de realizar uma escuta ativa, tenha sempre em mente a frase: o que o outro fala também importa. Essa ação irá fazer com que a informação não se perca, garantindo o respeito entre todos.

9 – Pratique meditação e relaxamento

Algumas práticas são muito boas para conquistar o autocontrole das emoções. Entre elas estão a  meditação e o relaxamento.

Ambas atividades são recomendadas para quem busca o autoconhecimento. Além disso, por promoverem benefícios com a continuidade da prática, a automotivação também é trabalhada.

Entre as principais da meditação podemos citar:

  • enfrentamento de medos e barreiras psicológicas;

  • maior resistência corporal;

  • redução do estresse da mente;

  • dá mais flexibilidade;

  • alivia dores na coluna.

10 – Tente encarar a vida com mais otimismo

Sabemos que nem sempre é fácil olhar as coisas pelo lado positivo. mas que tal fazer uma forcinha?

Inteligência emocional é também exercitar abordagens mais otimistas sobre as situações. Tente enxergar o copo meio cheio, de modo a apontar o que há de bom a ser explorado no meio das adversidades comuns no atendimento ao cliente e no trabalho em geral. Esse comportamento focado em otimismo ajuda também a inspirar seus colegas, líderes e liderados.

11 – Aumente a sua resiliência

A resiliência é a habilidade de superar obstáculos e se recuperar rapidamente de adversidades. Ela e a inteligência emocional andam sempre juntas. No trabalho e na vida pessoal, é preciso ser resiliente para suportar situações estressantes, de pressão e cobrança por resultados. Com a resiliência, você será capaz de identificar oportunidades em momentos desafiadores.

A Inteligência Emocional é relacionada à nossa habilidade de identificar os sinais internos do que estamos sentindo, e também a entender como eles se relacionam com todos os sinais externos que recebemos do ambiente ao nosso redor. 

Agora, o campo da inteligência emocional diz muito respeito à identificação e regulação de emoções.

 

E, em outros lugares, vemos as emoções sendo referenciadas também como sentimentos. Será que são a mesma coisa?

Um spoiler: emoções e sentimentos não são a mesma coisa. Inclusive, ao compreender a diferença entre os dois, o seu desenvolvimento em direção a uma vida mais emocionalmente saudável pode melhorar. 

O que é emoção?

A sua emoção é a resposta do seu corpo perante um estímulo externo. Essas reações no nosso estado bioquímico são ditadas pela amígdala, uma pequenina parte da região subcortical do nosso cérebro. É ela a responsável por ditar mudanças rápidas em nossos corpos a partir de uma ameaça, uma recompensa ou, como na nossa história, de um reencontro. As nossas emoções, assim, precedem os nossos sentimentos, são físicas e bastante instintivas. Esse instinto vai além da espécie humana, e é o que explica quando sorrimos, o nosso cachorro balança o seu rabo – ele também tem essa reação emocional em seu corpo. 

O que é sentimento?

Agora, sentimentos são as associações mentais que fazemos a partir de uma emoção. Ou seja, um sentimento é influenciado pela experiência pessoal de uma pessoa, assim como suas crenças, ou memórias. Na história do aeroporto, você lacrimejou e sorriu de animação por ter compartilhado memórias e momentos felizes com o seu melhor amigo de infância. Agora, o sentimento poderia ser outro, caso essas memórias fossem infelizes, ou se você soubesse que esse seu amigo destratou um conhecido em comum em algum momento. 

Nossos sentimentos são, assim, desencadeados por emoções, e coloridos por nossos pensamentos, memórias e imagens que estão inconscientemente atreladas àquela emoção em particular para você. Ou seja, enquanto seres humanos, nós possuímos um repertório emocional básico em comum, mas os sentimentos variam a cada indivíduo de acordo com as suas experiências e situações vividas. Agora, importante também é saber que sentimentos podem desencadear emoções – o que forma um ciclo interminável de estímulos e emoções. É por isso que, por meramente pensarmos em cobras ou algum outro animal amedrontador, sentimos medo e temos um calafrio.

Emoções.webp

Quais são as emoções básicas?

Para decodificar as expressões características das emoções, um dos psicólogos mais reconhecidos no campo, Paul Ekman, viajou o mundo inteiro em busca do que fosse universal, compartilhado por todos e independente da cultura. Disso, conseguiu mapear cinco emoções básicas universais:

# Raiva

# Tristeza

# Repúdio

# Medo 

# Alegria

Elas são as mesmas que figuram como personagens no filme “Divertidamente”, no qual Ekman atuou como consultor especialista durante a produção. Embora as cinco emoções mapeadas acima sejam encontradas em todos, seus gatilhos variam de pessoa a pessoa. Além disso, cada uma delas tem um propósito: as emoções não seguem a regra dicotômica bom/ruim – e não devem ser evitadas, mas sim compreendidas em suas particularidades. Você consegue aprender mais sobre como decodificar emoções a partir de um projeto criado por Ekman em parceria com o líder espiritual e chefe de estado do Tibete Dalai Lama, o Atlas das Emoções

Qual a parte do cérebro que processa emoções e onde nascem os sentimentos?

Não é mito que uma parte do cérebro processa as emoções – ela é conhecida como cérebro emocional. Enquanto o cérebro racional cuida do senso crítico e da capacidade de análise, o emocional promove as reações que dão origem aos sentimentos. O cérebro emocional fica no sistema límbico, nome que se dá à parte frontal responsável por emoções, memória e aprendizagem. A parte que analisa riscos e vivências que posteriormente serão “resultarão” em sentimentos, é conhecida como Amígdala.

O mapa das emoções abaixo, relaciona as áreas do corpo relativa a manifestação de cada emoção:

mapa-emocoes-1.jpg

Autoconsciência

A autoconsciência emocional é um dos principais fundamentos da inteligência emocional – ao mesmo tempo em que é sua base, também é um primeiro passo essencial. Ela diz respeito à capacidade de entender suas próprias emoções e seus efeitos. Basicamente, significa saber o que está sentindo e por que – e como isso te ajuda ou prejudica no momento -, ter noção dos próprios pontos fortes e fracos e até clareza sobre valores e propósito. Então, uma pessoa que possui essa habilidade bem desenvolvida tem conhecimento sobre o que sente e de que forma essas emoções afetam positiva ou negativamente o seu desempenho no contexto profissional e pessoal. Claro que as pessoas têm diferentes níveis dessa capacidade de compreensão, mas é completamente possível (e vantajoso) desenvolver o seu. 

“A autoconsciência emocional não é algo que você alcança uma vez e depois acaba. Em vez disso, todo momento é uma oportunidade para ser autoconsciente ou não. É um esforço contínuo, uma escolha consciente de ser autoconsciente. A boa notícia é que, quanto mais você pratica, mais fácil se torna”, diz Goleman.

Apesar de ter o foco mais interno, também abrange a chamada autoconsciência emocional “pública”, que é a percepção sobre como as emoções afetam os outros. Observar o comportamento de outras pessoas aumenta o nosso referencial e ajuda, inclusive, a entender o jeito mais adequado de abordar cada pessoa e assim ter um retorno mais positivo para ambos os lados. Além de melhorar a capacidade de empatia.

Como desenvolver autoconsciência emocional

A psicóloga Shirley Canabrava dá algumas dicas práticas para quem quer desenvolver a capacidade de autoconsciência emocional:

  1. Busque informações sobre o assunto – sites, canais no Youtube, páginas em redes sociais, livros, cursos, podcasts, etc;

  2. Encontre amigos ou se reúna com pessoas que estejam dispostas a conversar abertamente sobre esses temas;

  3. Identifique possíveis padrões nos seus comportamentos – começando por observar seu humor ao longo do dia, do mês, no trabalho e em casa, ao encontrar determinadas pessoas, etc;

  4. Responda a pergunta “o que estava passando pela minha cabeça no momento?” em situações que você perceber mudanças no seu humor – responda da maneira mais genuína e sincera (e quanto mais próximo da situação, mais você ajuda a sua memória a recuperar os pensamentos e sentimentos corretos);

  5. Pratique atividades que te ensinem e ajudem a se concentrar no presente e em você, como a meditação – especialmente práticas de mindfulness;

  6. Anote os aprendizados, descobertas e respostas que for tendo sobre você mesmo(a) para tentar driblar a preguiça e o esquecimento.

“Reflita se você quer mesmo iniciar esse processo, aumentar seu nível de consciência pessoal não é garantia de que você descobrirá apenas características das quais se orgulhe, mas isso também pode abrir um leque de oportunidades incríveis de melhoria”, destaca a especialista. “São exatamente as pessoas que conhecem suas particularidades as mais capazes de compreender como podem mudar a sua forma de agir e utilizar essas características a seu favor para alcançar objetivos e obter melhores resultados.”

bottom of page